segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sereu.

Tenho sonhado com tempestade... Uma amiga acha que são as reviravoltas que andam acontecendo. Mas o certo é que ando mesmo envolta num caos. Tudo ao mesmo tempo. O medo, as surpresas, as superações, as decepções, as desconstruções, as construções e as reconstruções. Ficar nessa casa vazia vem me enchendo de possibilidades. As diversas formas de ser uma... Sem largar a mesma, ainda que por apego inseguro. Assim nesse barco venho me levado para caminhos nunca imaginados. Tenho olhado para trás e percebido que andava adormecida e a sensação é de acordar com o sol batendo na cara... Chamando a acordar. Entristece perceber que só abri a janela agora, mas não tem como voltar no tempo, refazer o nunca feito. Não há mais chance.
E é nesse fogo que venho colocando minha mão. E nesse temor de ser capaz, tenho sido. Surpreendente como não me conheciam. Mas também eu não conhecia a mim então quem mais poderia? Não é mesmo?! (a la Regininha!). Agora eu sigo. Respiro fundo... Não seguro mais meu lado sombrio. Resolvi deixar sair! Minha máscara de boazinha anda indo embora e tenho percebido que não preciso mais dela. Posso ser má de vez em quando, dizer não quando em vez... E ainda sim, ser amada até por mim. Serei boa quando isso for real. E só assim. Quando o coração pedir, quando eu sentir que é pra ser. De resto, danem-se. Serei o meu samba, o meu medo de raio, meus vestidos curtos, minha desatenção, meu choro desatado, minha cara distraída, meu riso desmedido, meus amigos, minhas incertezas e meus calundus. Serei a minha própria cachaça.
Só assim eu posso estar nesse lugar que chamam de mundo. Com licença, por favor... Eu quero entrar! Entrei. E quem quiser também, puxa o banco que a casa é grande e é toda nossa.

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