Ao longo da vida estamos sempre tendo possibilidades de encontro com o outro e conseqüentemente, possibilidades de crescimento. Porém, aprender que as fontes que nos geram sofrimento, nos fazem em algum momento crescer, é mais difícil do que se imagina (eu nunca imaginei que seria tão complicado) . No entanto, penso que se faz necessário para não passarmos pela vida sem tê-la vivido em toda a sua essência. Sofrer, assim como ser feliz, nos torna inteiros nessa existência que só é possível porque estamos abertos para o outro e para tudo que ele traz consigo. Ai, de repente, nasce essa tal da alteridade (risos). Nas palavras de Luís Cláudio Figueiredo:
"Ora, sustentar-se nesse existir no mundo – e só assim se existe – exige um espaço de separação e recolhimento, de proteção, que não encerre o existente em uma clausura, mas lhe ofereça uma abertura limitada (portas e janelas) a partir do qual sejam possíveis encontros – saídas e entradas – em que se reduzam os riscos dos “maus encontros” [...]. Portas e janelas por onde uma verdadeira alteridade possa insinuar-se e eventualmente impor-se. "
"Ora, sustentar-se nesse existir no mundo – e só assim se existe – exige um espaço de separação e recolhimento, de proteção, que não encerre o existente em uma clausura, mas lhe ofereça uma abertura limitada (portas e janelas) a partir do qual sejam possíveis encontros – saídas e entradas – em que se reduzam os riscos dos “maus encontros” [...]. Portas e janelas por onde uma verdadeira alteridade possa insinuar-se e eventualmente impor-se. "
E é nesse encontro com o outro que eu posso enfim, ser eu mesma e, ainda assim, não ser nunca a mesma.